Ara! Quem nunca teve reiva do chefe que atire a primeira pedra. Agora, se você ativa o modo Juma toda vez que chega no trabalho, e repete mesmo que silenciosamente que “querimbora” durante todo o dia, talvez esteja na hora de mudar a forma de pensar. Até porque, diferentemente de Pantanal, a vida não é uma ficção.
Muitas vezes, as pessoas romantizam o trabalho e se frustram quando algo não sai como o esperado. Pela frustração, tentam encontrar um responsável, e geralmente é o chefe que recebe essa carga. É claro que existem chefes que não sabem liderar. Mas ser líder é, também, desafiar o seu liderado a se tornar o melhor profissional que ele pode vir a ser. Aceitar os desafios como uma forma de estímulo é evoluir dentro das próprias atribuições.
Antes de responsabilizar tudo e todos pela sua insatisfação diária, faça a si mesmo alguns questionamentos: você trabalha com o que gosta e o ambiente te torna infeliz ou você está no lugar errado?
Existem formas e formas. Por muito tempo, o chefe agressivo foi valorizado e considerado um bom líder. Hoje, a conversa é outra. As novas gerações que chegam ao mercado de trabalho já não aceitam o trato ostensivo como forma de ensinar. O mundo mudou, e a gente precisa acompanhar. O diálogo é necessário, e pode ser um primeiro passo para que seu chefe entenda como você funciona, e o que tem te desmotivado. Chame-o para conversar, diga como se sente com a forma com que ele lida com os liderados e compartilhe o que te motiva.
Um funcionário motivado em sintonia com o líder é o combustível para que o trabalho dê resultados. É o que todos querem. Se você for líder, pergunte aos seus liderados o que os motiva e como; se você tem um chefe, dialogue com ele. Muitas vezes, o que falta para uma parceria engrenar é o diálogo. Se não partir dele, que parta de você.
Coloque no papel o que te frustra. Exemplificar os incômodos facilita encontrar soluções. Entenda como você pode mudar sua mentalidade dentro do emprego que você escolheu. Não é só a empresa que te escolhe. Você também escolheu estar ali. Quais são seus objetivos neste trabalho, para além de ganhar dinheiro? O que ele pode agregar na sua vida?
Nada é por acaso, nem os desafios mais difíceis. Não se acomode no que não te faz bem.
É muito fácil responsabilizar o mundo pela sua insatisfação. Assumir 100% da responsabilidade por tudo o que te acontecer é uma excelente forma de se tornar anti-frágil. Seja protagonista da sua vida. Seja feliz também no trabalho.
Fundadora da CreScer Group, consultoria renomada no desenvolvimento de lideranças, esposa há 31 anos e mãe da adorável Talyta. Atua há mais de 30 anos no mercado em posições estratégicas nas áreas de gestão de pessoas. É psicóloga, com extensão em psicodrama e assessment pela TTI Sucess Insights e pós-graduada em marketing, com MBA em Gestão Estratégica de Pessoas pela FGV. Coach e Mentora com certificação internacional pelo Integrated Coaching Institute, pelo Center for Advanced Coaching e Erlich Organizações, e em metodologias ágeis pela MindMaster. Autora do livro “Um RH Visto de Cima – O que a Alta Administração Espera que Você Saiba para Fazer a Diferença” e coautora de outros quatro livros significativos na área. Eleita profissional do ano pela Associação Brasileira de Liderança nos anos de 2018, 2021 e 2023, combinando assim, experiência, educação e paixão para impactar o campo da liderança empresarial.