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Ser Líder – Inspire-se, Transpire e Supere-se – Abel Ferreira e o Palmeiras

Ser Líder – Inspire-se, Transpire e Supere-se

Não precisa ter profundo conhecimento sobre futebol para conhecer um pouco da trajetória de sucesso que o técnico português Abel Ferreira tem percorrido no Palmeiras. Em menos de dois anos, o treinador conquistou, com o time, cinco títulos. Número grandioso tendo em vista o histórico de grandes treinadores da história do futebol brasileiro.

Mas é claro que o propósito deste texto não é contar para vocês que Marcia Vespa também manja tudo de futebol – apesar de ser um pouco verdade. Este artigo quer contar como a eficácia da liderança atinge todos os meios, até quando, ao olhar para eles, nem o mais RH dos humanos imagina essa correlação: o futebol.

Em março deste ano, Abel Ferreira lançou o livro “Cabeça fria, coração quente”, lema do treinador durante todas as competições comandando o Palmeiras. E, nele, apresenta uma sucessão de lições de liderança que não só podem, como devem, ser espelhadas para o mundo corporativo.

Para ele, o êxito no esporte não tem só a ver com talentos e grandes manobras técnicas. Abel acredita que o futebol é sobre gerir pessoas. Em um esporte de visibilidade mundial, administrar expectativas e egos é ainda mais difícil do que fazer o mesmo em uma grande corporação. No fim, é sempre sobre pessoas. E, como dizem os jovens: tá tudo bem.

Abel tem um elenco misto: há grandes ídolos, nomes fortes e conhecidos, e os novos talentos que despontam. Nos jogos, todos atuam em perfeita harmonia, parecendo deixar de lado o lance individual da coisa. Para as vitórias chegarem, é preciso que todos estejam na mesma vibe: a vibe do coletivo. Como deveria acontecer em uma grande empresa, mas nem sempre acontece. Muitas vezes, líderes de áreas diversas entram em disputa para ver quem se sai melhor. De que adianta uma área bombar e a outra cair? Para colher os louros da vitória, meus caros, é preciso que os ganhos sejam coletivos.

A liderança do técnico tem trazido ganhos diversos, que não se resumem aos títulos. Ter uma equipe entrosada trabalhando por um propósito em comum é resultado da sabedoria da liderança. Ganhar a equipe é o mais difícil desafio dos novos líderes. É preciso mesclar respeito, admiração e confiança.

Para que isso aconteça, é preciso que os gestores verbalizem aos seus liderados o porquê das ordens. Até onde os pedidos feitos por ele vão levar aquele time. Qual o objetivo? Como conseguiremos executá-lo? E como cada um pode contribuir para que o time, como um todo, saia vitorioso dele.

O próprio Abel diz que o livro “Cabeça fria, coração quente” não foi escrito apenas por ele. Mas, sim, a dez mãos: cinco pessoas contribuíram para a criação literária. É uma característica dele falar de liderança indiretamente. Abel não cita decisões tomadas por ele, fala que as decisões são da equipe. “Nós decidimos; nós criamos essa estratégia”. Quando você, líder, inclui seus liderados no caminho para a vitória, ela se torna mais desejável.

Aprender a delegar é outra lição direta do técnico. Quando falamos de liderança, a palavra delegar sempre aparece. Mas nem todos consequem colocá-la em prática. Para delegar, é necessário confiar no seu time. Como Abel confia no dele. Cada auxiliar tem um propósito muito bem colocado na equipe. E é dessa forma que ele conquista o mais importante para que um time tenha sucesso: a confiança de seus liderados. Para o mundo corporativo, ficam as lições de Abel Ferreira, nas palavras do repórter Diego Iwata, do UOL, que acompanha o dia a dia do técnico:

“A liderança do Abel não é se impor pela força. Ele é um líder carismático cujo segredo é fazer todo mundo acreditar nas ideias dele.”

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