Um estudo sobre as maiores instituições multilaterais constatou que, de um total de 382 líderes ao longo da história, apenas 47 eram mulheres. Além disso, recentemente apenas 10% das empresas listadas na Fortune 500 eram lideradas por mulheres.
A Fast Company realizou, então, um estudo com 913 mulheres líderes de quatro setores predominantemente femininos nos EUA. O intuito da pesquisa foi compreender o que impede mulheres de chegarem a cargos de liderança. O resultado foi a descoberta de 30 características que são alvo de julgamento antes de uma mulher virar líder, mas que sequer são analisadas quando é um homem a assumir um cargo de chefia.
A idade é um obstáculo constante para alcançar posições de liderança. Algumas entrevistadas relataram serem consideradas “jovens demais”, enquanto outras foram prejudicadas por serem consideradas “velhas demais”. No entanto, estar na meia-idade também não contribuiu para o avanço na carreira.
A questão da maternidade é constantemente levantada. Uma líder na área da educação relatou que as pessoas presumem que ela não pode assumir um cargo mais alto por causa dos filhos, o que a fez sentir que precisava trabalhar ainda mais para provar que poderia ser tanto uma mãe dedicada quanto uma líder. Coisa que, é claro, não se coloca em pauta quando o homem é pai.
A gravidez também é vista como um problema, especialmente para advogadas. É comum que duvidem que elas retornem ao trabalho após a licença-maternidade. Algumas entrevistadas deixaram de receber casos importantes, enquanto outras foram forçadas a abandoná-los ou trabalhar meio período.
As líderes participantes do estudo foram alvo de críticas relacionadas à sua idade, aparência física, nível educacional, raça e etnia. Nenhum comportamento parecia adequado, pois as tímidas não eram vistas como líderes, e as extrovertidas eram rotuladas como “agressivas”. O resultado é que mulheres em posições de poder nunca são consideradas corretas.
Organizações que não promovem e apoiam mulheres em cargos de liderança perdem a oportunidade de melhorar seu desempenho. Existem, no entanto, medidas concretas que líderes, aliados e mulheres podem adotar para acabar com essa mentalidade. Tente o teste de inversão: antes de questionar algo sobre uma mulher, pergunte-se se você faria o mesmo questionamento se estivesse em frente a um homem.
Ele precisa sorrir mais.
Ele vai ter filhos e não vai querer trabalhar.
Já que tem câncer de próstata, não pode mais cumprir suas obrigações.
Soou estranho? Repense.